26/08/2006

Misty

Sabe aqueles dias em que a gente acorda e passa o dia inteiro com uma música na cabeça. Pois hoje, eu acordei com aquela voz de veludo do Jhonny Mathis no meu ouvido, cantando Misty. Lembram do Jhonny Mathis? E de Misty, lembram? No meio da canção, a voz do cara, emendava com os violinos, de um jeito, que a gente ficava sem saber quando acabavam os violinos, e quando começava a voz. Coisa maravilhosa, celestial.
Pobre dessa geração atual. Nada de Jhonny Mathis, Nat King Cole, Sinatra.
Lembro-me de um hi-fi, regado a guaraná e pipoca, com Misty fazendo fundo pro meu sussurro, pedindo pra namorar uma loirinha linda, prima de não lembro quem, que eu tinha pedido pra convidar pro bailinho.
Como será que rola hoje? A gata, ou será mina, ou não será nenhuma das duas. Não importa. A guria dançando, se é que se pode chamar esses movimentos desconexos de dança, e pula e sacode a cabeça, enquanto o guri tenta gritar mais alto que o vocalista do Linkin Park.
_ E AÍ... TÁ A FIM?


Ricco Paes